23.12.08

Em setembro era assim...


No meio da estrada, quase cansada, trago o oceano dentro de mim.
Prepara-se, eu pressinto, uma onda nova. Não vai estourar na praia da minha infância. É para agitar as águas da vida inteira.

O mar ficou em mim, em todo lugar, como só as águas sabem chegar, para enfeitar meus sonhos, desacomodar meus medos e avivar a fé, ciclicamente, na constância do ritmo e movimento, na aparente semelhança das massas que alcançam a areia.

Em tudo e todos que evito ou abraço, por analogia ou estranhamento, são as águas que criam cenário, solução ou impasse. Não pesquei. Não catei conchas. Do mar nada roubei além do oceano imenso, na maneira agitada de enfrentar a tempestade; na mansidão que se segue, inesperada; na insistência, determinada, e na mudança brusca, impensada.

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