21.2.11

Calendário Lunar

Você poderá encontra-lo aqui, para este ano ou qualquer outro, passado ou futuro.



14.2.11

O Fenômeno




Ronaldo, ao encerrar hoje sua carreira, emocionou o mundo.

Foi o herói da persistência e mostrou mais heroísmo ainda na desistência.

Ronaldo chorou e a Bruxa chorou com ele... e olha que a Bruxa chorar é um fenômeno!





7.2.11

Agua + Fogo

Primeiro o excesso de chuvas causou mortes, prejuízos e imensa dor a todos que assistiram a tragédia do Rio de Janeiro, sem falar nas vítimas de fato e por consequência direta e indireta de tantas perdas.

Agora o fogo atinge em cheio os preparativos do Carnaval, o maior e melhor empreendimento popular do estado.
Fonte: Rede Globo

Face às notícias que circulam pelo país e mundo afora, sem que encontrem na maior parte das pessoas uma boa noção de da geografia e da cultura do povo para que possam bem avalia-las, imagino que o turismo por conta do Carnaval seja afetado.

No exterior, e talvez mesmo no Brasil fora do Rio de Janeiro, haverá quem duvide deste próximo Carnaval. Se eu fosse estrangeira possivelmente pensaria em deixar para ver a maior festa popular do mundo depois que fizessem a contenção das encostas, o trabalho de prevenção de incêndios e a varredura das gangues criminosas. A essa altura misturaram tudo, como tudo está, de fato, misturado no cerne da questão. Torço para que os órgãos governamentais + empresariais competentes façam um trabalho de esclarecimento eficaz e que este esteja embasado em  procedimentos de saneamento reais.

Eu aposto nesse Carnaval. Será o maior, o mais emocionante, o mais vibrante Carnaval de todos os tempos. O povo carioca não vai deixar por menos. Espero que o resto do país e do mundo também não.





2.2.11

Além da Vida

Não tenho opinião formada sobre (quase) nada... mas me interesso por (quase) tudo.


Recebi e divulgo a resenha de Richard Simonetti sobre o filme de Clint Eastwood.




Além da Vida – filme de Clint Eastwood
 Os americanos fazem filmes ruins, mas bons de ver.
Os europeus fazem filmes bons, mas ruins de ver.
É verdade.
Os primeiros dominam a técnica cinematográfica. São perfeitos na arte de contar histórias, que é a própria essência do cinema. O problema é a infantilização. As produções americanas, em boa parte, são hoje dirigidas a crianças e adolescentes, que constituem a maior parte do público que frequenta suas salas, com sofisticadas fantasias e desenhos animados que empolgam pelo requinte técnico, mas digestivos, pobres de conteúdo.
Quanto aos europeus, fazem filmes cabeça, inteligentes, com aprofundamento de temas, delineamento psicológico dos personagens, mas literalmente parados, cansativos, soporíferos. Coisa de intelectual intoxicado de cultura, que perdeu o contato com a simplicidade.
Pois bem, meu caro leitor, quando os americanos conseguem unir o filme bom de ver ao bom filme produzem verdadeiras joias cinematográficas, comoAlém da Vida, dirigido por Clint Eastwood, aquele cowboy machão que fez sucesso em muitos faroestes e hoje, surpreendentemente, destaca-se como um dos mais sensíveis directores do cinema americano.
O filme aborda de forma delicada e belíssima temas  familiares aos espíritas, como  EQM (experiência de quase morte), comunicação com os mortos, mediunidade, perda de entes queridos…
O roteiro conjuga três histórias paralelas, com as personagens principais desdobrando significativas experiências.
A repórter que morreu afogada no tsumani que assolou a Ásia e, misteriosamente, reviveu…
O menino que busca desesperadamente o contacto com o irmão gémeo que morreu…
O médium em conflito com a própria sensibilidade…
Conduzidos com maestria pelo director, as personagens nos falam de suas perplexidades e dúvidas.
A repórter, como costuma acontecer com pessoas que passam pela EQM, muda a perspectiva de sua vida, passa a pesquisar o assunto, escreve um livro, não obstante experimentar a rejeição de muita gente em seu círculo de atividade profissional, materialistas impenitentes.
O menino faz via-sacra, à procura de médiuns que lhe permitam o ansiado contato com o morto, decepcionando-se com as mistificações que observa.
O médium é assediado pelo irmão, que vê em sua faculdade um óptimorecurso para fazer dinheiro.
Previsivelmente, as personagens cruzam-se a partir de determinado momento, num final singelo e comovente.
Com uma subtileza raramente observada em obras do género, Clint Eastwood nos convida a refletir sobre os mistérios do além-túmulo que, diga-se de passagem, nada tem de misterioso para nós, em face das fartas revelações que temos por intermédio de médiuns missionários, com destaque para Francisco Cândido Xavier.
Além da Vida é filme obrigatório para quem gosta de bom cinema e, sobretudo, para quem concorda com Shakespeare, na sua afirmação famosa:

Há mais coisas entre o Céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia.
Richard Simonetti