26.12.09

Quantos bibelôs você ganhou?




Não deixa de ser curioso que nós aqui, abaixo do Equador, copiemos as práticas adotadas à volta do Trópico de Capricórnio, no solstício de inverno de lá.

Entendo a repetição de tais práticas como manifestação de solidariedade aos que habitam regiões geladas.

Há quem coloque à mesa as iguarias energizantes e resistentes às baixas temperaturas, como as nozes e castanhas, e asse carnes gordurosas, pródigas em calorias. Caramba! Isso é que é solidariedade! Nós aqui, escaldados de Sol, comendo o que eles precisam ingerir para enfrentar as nevascas! Eu acho isso lindo! E tocante!

Não quero falar, de novo, no banho de sangue de animais associados aos pios rituais, coisa que me comove de fato. Vamos adiante!

Tenho meus favoritos da estação - a renovação dos laços de afeto, de carinho, de consideração, de gratidão, de amizade; a reunião dos amigos e familiares mais próximos; o telefonema de um amigo de longe e até mesmo o presente finamente escolhido, que retrata o sensível cuidado daquele que o oferece para com aquele que o recebe.

E há o que menos gosto: o presente de obrigação, a "lembrancinha" nada a ver, aquela retirada de uma vitrine entulhada de opões destinadas ao alívio da obrigação "de achar alguma coisa" àqueles que a assumem. Promovem a prosperidade dos comerciantes e entulham a casa do presenteado. Nessa categoria se enquadram famigerados bibelôs. Duendes da felicidade, manequinecos, pescadores da sorte e dragões chineses circulam, freneticamente, nessa época sem nem saberem o porquê.

Venho a público dar um testemunho emocionado: este ano me pouparam de bibelôs! Finalmente! Adorei isso...

Ôba! Fim de ano sem peru e sem bibelôs são garantia de ano novo mais leve e feliz!

E você? Ganhou bibelôs?

Beijos daquela Kitéss.

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