21.2.09

Carta do leitor - Jornal Copacabana


Morador de Rua
"Gostaria de pedir encarecidamente as autoridades do bairro de Copacabana que fosse até a Rua Belfort Roxo, esquina com Av Atlântica, onde uma senhora (moradora de rua) fixou residência. Esta senhora possui uma criação de gatos, cada vez maior, colocando em risco de doenças as pessoas que freqüentam a praça do Lido, principalmente as crianças. Lembro que esta senhora chegou ali há alguns anos naquela calçada com um guarda-sol e hoje ela tomou conta da calçada quase toda impedindo até pedestres de transitar, sem contar com o mau cheiro insuportável de gatos e suas fezes. Por favor, vejam que isso esta acontecendo quase na esquina de uma das avenidas mais lindas do mundo, Onde estão as autoridades de Copacabana? Porque não transferem aquela senhora para um abrigo onde ela possa ter mais condições de vida e os moradores, voltem a freqüentar a Praça do Lido, porque ela tem que viver com uma porção de gatos na esquina da Av Atlântica?

ântica."

Acima, a carta publicada. A desarticulação em preto e branco.

Eu gostaria de perguntar o que incomoda mais à/ao missivista: de ser uma senhora, dela estar rodeada de felinos e seus excrementos, a poluição da paisagem, a obstrução da passagem de pedestres, a confrontação de crianças com a sujeira da miséria...

Os grupos de homens e mulheres mais jovens, igualmente residentes da orla, podem ficar? O tráfico de drogas, as armas improvisadas ou formais das quais se utilizam, podem permanecer? A mendicância andarilha fica? Fechemos os olhos frente à prostituição em geral e a infantil em particular? A prostituição em todas as suas feições e derivativos, e que há muitos anos ocupou as calçadas do bairro e a praia, não precisa ser banida, tratada, os seres humanos recuperados? O turismo sexual pode? O punguismo pode? Os assaltos, os roubos, os assassinatos, os tiroteios incomodam menos? Vale para Copacabana e para a cidade inteira.

Sou forçada a lhe dizer, prezado/a missivista, que não há mais solução: os ratos invadiram a sua praia. Ela, a tal senhora, sabe disso e muito mais.

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