9.7.10

Agora, depois da Copa


Para quem, como eu, acompanha futebol a cada quatro anos, a Copa do Mundo acabou faz tempo e não deixou saudades. Ao menos não alimentou o ufanismo - que é o orgulho equivocado -  parou de atordoar a rotina, os valores cívicos e calou as vuvuzelas. Não é pouca coisa.

Houve outras conquistas, a meu julgamento: a atitude de Dunga de não conceder, nem sob pressão e certeza de execração orquestrada, entrevistas exclusivas para a rede de comunicações mais poderosa do país. Uma discussão que deveria ser expandida.

Também gostei que ele evitasse convocar jogadores - bons, experientes, aclamados - que tivessem uma atitude pouco séria em suas vidas nem tão particulares assim.

Não se pode imaginar que no futebol haja uma amostragem de personalidades diferente do resto da humanidade. Os conflitos, a rigor, devem ser até mais sérios por todos os motivos conhecidos somados à desconcertante idolatria da qual são alvos. Fica faltando o pé no chão.

Não entendo a motivação que leva à idolatria. Menos ainda aquela dedicada aos praticantes de uma atividade humana baseada no treino de uma habilidade física e - pior - testada nos confrontos.

Dou preferência às práticas de cooperação e colaboração. De doação e união. De amizade, de irmandade. De congraçamento verdadeiro, aquele que dispensa a disputa prévia. Que une os iguais e não ganhadores e perdedores.

Tá bom, eu tenho a Bruxa dentro de mim e meus juízos não são lá essas coisas...

3 comentários:

  1. Se não fosse o Bruno, goleiro do Flamengo, eu já nem lembraria de futebol.
    Precisamos de bons exemplos também nos esportes!
    Isso dá pano pra manga.
    Beijos

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  2. kkkkk, instrumentos de tortura!

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  3. Que saudades de seus posts. Esse ta fantastico e da vontade de dedica-lo a todos os povos que esquecem da colaboracao para dar vazao a competicao. Que belo! Beijocas

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