Pressa, pressa,
passam depressa
passam depressa
passageiros
passos apressados
enquanto... Os meus?
Esses eu os faço lentamente.
passos apressados
enquanto... Os meus?
Esses eu os faço lentamente.
Devagar.
Desviam de mim o passo e o olhar,
sem se deterem, sem esbarrarem
Desviam de mim o passo e o olhar,
sem se deterem, sem esbarrarem
sem derrubarem seus personagens.
Seguem com pressa, todos.
Na mesma cadência apressada,
passam aprisionados
passos apertados
rumo conhecido,
Seguem com pressa, todos.
Na mesma cadência apressada,
passam aprisionados
passos apertados
rumo conhecido,
obstinado, insano destino.
À minha volta só pressa.
Eu atravanco a passagem no meu vagar.
Repito ditos antigos e falo de ciclos,
de ritmo e estações
com a calma que irrita
com a calma que irrita
e o sorriso que enfurece, talvez.
Todos se desviam de mim
Todos se desviam de mim
com pressa inconciliavel.
Sinto o chão,
escuto o segredo
Sinto o chão,
escuto o segredo
das raízes de todas as coisas,
que me dizem,
sussuram,
revelam:
Há pés dentro das fôrmas,
das tiras,
das formas,
dos bicos,
dos saltos,
dos canos...
apertados, torcidos, doloridos,
esquecidos de fazer marcas no chão.
que me dizem,
sussuram,
revelam:
Há pés dentro das fôrmas,
das tiras,
das formas,
dos bicos,
dos saltos,
dos canos...
apertados, torcidos, doloridos,
esquecidos de fazer marcas no chão.
Mas ainda assim há pés.
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